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III - Marcha-Canção ou Fado-Marcha

Escolhidos os melhores letristas e os melhores vocalistas nazarenos (na opinião de quem os escolhe, claro está), lá se juntam todos numa fogueira festa e assam gravam um lombo CD duplo com marchas para mais tarde recordar. São marchas tipicamente "mestre P.J. Laborinho", com uma introdução, duas estrofes e um refrão, este repetido e cantado com força para dar mais ênfase, e já está, saiem 20 ou mais bitoques marchas para consumo ou para mostrar aos netos ou para ficar esquecido numa gaveta, o que vier primeiro...
Como não são marchas de grupos, de ranchos, de cégadas ou de qualquer outra brincadeira, raramente são conhecidas (a não ser pelo masoquista comprador que gasta dinheiro para comprar um CD duplo de marchas – eu prefiro gastar o dinheiro num bom jantar ou uma lancharada com os amigos, mas isso são gostos, claro está! A não ser que, como diz o meu amigo José Luís Faísca (bi-campeão do concurso da Marcha Geral) tenham os “gostos estragados”, conceito também idealizado pelo caríssimo amigo. Mas os cantores e autores das canções ficam todos contentes, orgulhosos e auto-parabenizam-se pela magnífica obra que realizaram. Por vezes, ficam chocados quando não são nomeados para os Guilhins de Cristal. E com razão, ora essa!

5 Comentários:

Rui Amado disse...

Guilhins de Cristal é grande ideia!! Quem é que se oferece para ir lá tirar o modelo à Pedra? eh eh eh

Nelson Brilhante disse...

Muito bem... embora tenhas razão em alguns aspectos... acho que o estilo marcha canção até é das melhores que temos no carnaval da nazaré. Mas é claro, dentro de um certo contexto!

Numa conversa de rua com um conhecido... falamos sobre as marchas deste ano.... sobre as marchas modernas, sobre os estilos de marchas que hoje em dia existem(devido a este teu post) e ele disse-me algo importante... que até à altura ninguem me havia dito, ou entao eu nao havia notado.

O carnaval tem duas facetas bem distintas, mas que se completam, por isso fazem do carnaval da nazare um carnaval tal especial e unico.
Por um lado existem “os grupos / brincadeiras” que podem fazer o que quiserem das marchas que os representam, dizer o que quiserem, é direito deles... viver o carnaval como eles entendem... exprimir o que eles sentem nesse momento sem qualquer tipo de moderação.
Depois existe o outro lado do carnaval da nazaré, o que o mostra, com toda a clareza e pureza... o que tem que ser elevado, e dito de uma forma pura... melodica, cantada e tocada. Elevada através de acordes como os que pertencem a “Mil Carnavais”, É de Seda”, acordes esses que independentemente a que estilo pertençam, nos dão aquele arrepio na espinha, que nos dão folego a cada salto que damos numa sala de baile, que nos fazem sentir o orgulho que temos em ser da nossa terra... em sermos nazarenos.

Por isso, acho que a marcha canção é necessária para isso mesmo...
Não acho que marchas-canção como “a primeira” ou outras, sejam metidas na gaveta para ninguem mais as lembrar... pelo menos no meu disco (HDD) elas saiem sempre a cada Carnaval.

Amigo Ric, era somente isto que te queria dizer...

Abraço,
Zumuha

C@necão disse...

Concordo com a divisão e com o princípio subjacente à tua exposição. Este post, como os anteriores e subsequentes pecam por ser generalistas. Provavelmente algumas dessas marchas subsistirão. Não creio que tenha sido o caso do ano passado ou de outros anos. Por acaso, tive o cuidado de perguntar a 4 pessoas se se lembravam de alguma marcha do ano passado (das de autor). Ou tive azar ou na verdade são marchas que, apesar da qualidade de algumas das letras/músicas, não lograram atingir o verdadeiro e final objectivo: chegarem às pessoas.
Abraço e obrigado pela visita ;)

Nelson Brilhante disse...

Sim é verdade, o seu maior objectivo é realmente chegar às pessoas...

mas isso é como a música em geral...
nem a melhor é a mais ouvida...

isso já são outos 500's.

;)

Hasta,
zumuha

Anónimo disse...

Quem tá qui, que bailhe é este? Tá vazi, vô-me imóra pá clónia...