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Até já

Por motivos de força maior, este blogue verá a sua actividade suspensa por tempo indefinido. Obrigado a todos os que me aturaram até agora.
Esperando melhores dias, até já.

Então, como vais?

Nunca dei uma resposta tão longa como a que vou dar a esta pergunta!

Até entrei  bem no ano de 2010. Mau grado o péssimo tempo que se fez sentir na noite de Reveillon, a noite até correu de forma agradável e a musicaria também saiu bem.

Seguiu-se o Carnaval no Casino e também não nos podemos queixar: esteve bom ambiente e a musicaria também correu bem (mau grado o excesso de marchedo que temos de tocar para agradar aos gregos, troianos e sabe-se lá mais o quê). Ou seja, até meados de Fevereiro as coisas estavam a correr bem.
Mas foi precisamente durante o Carnaval que me aconteceram os meus primeiros dois azares: comprei um teclado em segunda mão e durante a viagem parti uma tecla. No meio do azar, a sorte: a tecla situa-se numa zona onde não causa transtorno de maior… Ainda durante o Carnaval (lembram-se que fez um frio do caraças?!) avariei o ar condicionado do meu carro… Aproveitei para mudar o óleo e lavar o interior e, contas feitas, lá foram 180€… Não arranjei a tecla ainda…

Chateado, mas optimista, lá continuei com a minha vidinha.

Um destes dias, lá para Março, durante o almoço, a comer arroz de pato, sinto-me a trincar algo de duro. Como é lógico, estranhei. Feita a devida investigação, descobri que estava a mastigar o meu dente da frente… completamente partido e esmagado! Lá fui ao dentista e desembolsei 60€ para me arranjarem um provisório mas não antes sem me alertarem da necessidade de “desvitalizar” e outras demarches dentárias… Ou seja, mais consultas, mais despesa, lá gastei mais 120€… Entretanto, tenho de colocar um dente definitivo que vai custar mais 400€… Estava mais desconsolado pela perda do dente do que pelo gasto pois, pensei eu, “algum dia haveria de cair…”

Veio o dia 1 de Abril. Fui tocar à Benedita, ao Degrau Bar, e quando acabei fui deitar-me. Tudo tranquilo, tudo bem. No dia seguinte acordo, meto um pé no chão e pimba, quase que caía com a dor que me veio do meu pé esquerdo… Não conseguia poisar o pé no chão! Tive colegas da música que quando me viram começaram a rir-se (o Jaka e o Nené, por exemplo!) mas que perderam logo essa vontade assim que repararam que iríamos tocar no 2º andar de uma casa em Leiria (Galeria Bar – Xico Lobo) sem elevador… Lá tiveram eles de carregar o material todo…
Como a coisa não passou naturalmente (pensava que era um mau jeito) esperei mais um dia. Como o estado manteve-se, rendi-me e fui ao médico. Olhou para os pés, espetou-me uns palitos na planta do pé e receitou-me “gelo, pomada e comprimidos”. Foram mais 10€, mas “que se lixe, afinal, é uma questão de saúde”. Resultados quase nulos, lá fui eu ao Fernando para uma massagem que finalmente me aliviou a dor. Mais 10€.

“Bem…”, pensei eu, “agora mais nada me pode acontecer!”. Pois…

Um destes dias fui ao Nbar. Lá ao fundo, na zona do winebar, há uma mesa. Nessa mesa, um portátil do Nuno Estrelinha. Ao lado desse portátil estava uma Mini. Ao lado dessa Mini estava a minha mão… que se desviou, baldeou a garrafita e fez derramar o precioso líquido em cima do portátil… “Porra, já estraguei uma Mini!”, primeiro pensamento… “Merda, já estou metido em despesas outra vez!”, pensei de seguida. Hoje chegou a factura que não vou reproduzir aqui por razões morais. Mas estão a ver um ordenado mínimo? Acrescentem um jogo no Estádio da Luz para duas pessoas, mais gasóleo, portagens, estacionamento no Colombo e jantar e é esse o valor...

Ainda há pouco tempo fui tocar com um teclado que comprei há um ano e meio e… apesar de ligado, a meio das músicas, o som desaparecia… Tinha de estar sempre a desligar e a ligar para conseguir tocar um pouco… Ainda não sei se está avariado ou não…

Como diz o outro, eu não acredito nem em bruxas, nem maus olhados, nem em invejas, nem nada dessas tretas mas isto já é azar a mais! 'Tou aqui ´tou a fazer uma visita à da Marinha! Ou então, vou começar a chorar! Já se sabe o que acontece aos chorões!

Pois bem, se me perguntarem se está tudo bem e eu não responder à primeira, desculpem-me, ‘tá? Mas nada nem ninguém tem o poder de me tirar o sorriso da cara!

P.S.: Espero que quem tenha inveja de mim (sinceramente não descortino um simples motivo para terem inveja de mim: sou feio, gordo, desdentado, com a cara cheia de buracos e quase a ficar careca) não seja do Porto ou do Sporting. Era só o que faltava o Benfica não ser campeão este ano!

Kramer contra Kramer e Pedro Abrunhosa

Com nove votos de diferença, Walter Chicharro foi eleito o novo presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista da Nazaré. A CPC, num total de 31 comissários (na prática, 32), compõe-se agora de 16 membros da lista vencedora e de 15 mais 1 da lista vencida, pois o primeiro eleito pelo PS nas últimas autárquicas é inerente com direito a voto.

Para que a história interna do PS Nazaré não se repita, a reactivação da Juventude Socialista e da Secção do Valado dos Frades e estabelecer um diálogo efectivo e regular com a sociedade civil e empresarial, entre outras iniciativas, são itens importantes a ter em conta.

Paralelamente, uma vez que o novo presidente da CPC não tem representação nos actuais órgãos autárquicos, importa estabelecer uma relação concertada entre a CPC e respectivo Secretariado (primeiro teste à liderança de Walter Chicharro) com os representantes do PS na Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia.

Também a nível interno importa procurar consenso nas futuras eleições para a Federação Distrital para que os quatrocentos eleitores da concelhia nazarena tenham o peso que realmente merecem (constituindo este o segundo teste à capacidade unificadora do novo presidente).

Mas o principal mesmo, sendo mesmo uma condição sine qua non para o futuro do PS, consiste na fundação dos alicerces necessários para lograr atingir um entendimento suficientemente amplo para que daqui por dois anos, nas próximas eleições para a CPC, se consiga realizar um processo eleitoral tranquilo de molde a eleger uma CPC que permita que a escolha do candidato às eleições autárquicas se faça com método e com rigor. Sabemos muito bem quais são os resultados de uma escolha de candidato às autárquicas que não reúne consenso entre os militantes socialistas...

Walter Chicharro terá de começar por destruir a cultura que persiste no PS que se traduz no “se não estás comigo, estás contra mim” que, aliado a ódios pessoais em virtude da posição individual dentro do partido, tornam manifestamente impossível qualquer esboço de concertação. Se não conseguimos falar uns com os outros, como é possível entendermo-nos? Noto que não há diferenças políticas entre os comissários pois concordamos praticamente por unanimidade em todas as decisões políticas importantes para o Concelho! Mas discordamos sempre em quem deve ser o presidente da CPC e quem deve ser o candidato às autárquicas. Coisa que o PSD faz muito bem! Matam-se todos os dias nas ruas, vielas e tascas da nossa terrinha mas, quando se trata de escolher um candidato, fazem-no sem alarido e é vê-los a todos em campanha em prol do candidato escolhido.

O novo presidente da CPC do PS Nazaré terá simplesmente de fazer o que Isabel Vigia, eu próprio e Vítor Esgaio não conseguimos fazer: construir pontes entre nós e transformar os 16 contra 16 em 32.

Hey Jude!

Não sei definir isto! Digam de vossa justiça!

Hoje vou tocar esta...

Liverpool - Benfica

Como correu bem aqui vou arriscar e voltar a dar um prognóstico para o nosso Benfica no jogo de amanhã contra o Liverpool: 1-3! Era uma rica prenda de aniversário para uma certa e querida pessoa...

Nobre iniciativa

Com organização do grupo "Canções do Mundo", trata-se de um espectáculo de beneficência cujas receitas reverterão a favor da Madeira.
Constitui também a afirmação e emancipação de ex-componentes do ex-grupo “Amigos para Sempre” que com este espectáculo quererão provar que aprenderam bem a lição e que também são capazes de organizar uma gala e mobilizar a comunidade nazarena.
No entanto, tratando-se de um evento de solidariedade com pretensões de representar a Nazaré no “mapa” de ajudas à Madeira, não deixo de notar as relevantes ausências de outros vocalistas ou músicos como André Codinha, João Miguel Carvoeiro, Hugo Piló e eu próprio. Organização nova, vícios antigos? Espero que não.
De qualquer modo trata-se de uma nobre iniciativa que merece divulgação e apoio.

É hoje...

... o aniversário do Nbar! No palco vão estar os músicos que habitualmente tocam no Nbar pelo que a animação e boa disposição estão asseguradas!
Eu vou estar no Degrau Bar, Benedita, com os Baracóbanda mas ainda devo ir a tempo de participar na festa...
Amanhã, é a vez dos BeSax subirem ao palco no Nbar. Estão todos convidados!
Ah, hoje joga o Benfica...

Não resisti a publicar... desculpem-me os outros...

Tenho de partilhar com todos vós que o texto escrito tem um autor muito especial...(Um Sr. João Nunes -"Excelente Benfiquista") 

O Benfica venceu o Porto por 3-0. Teve sorte.
Aliás, se há coisa que o Benfica tem tido este ano é sorte. Eliminou o Marselha por sorte, goleou o Everton em duas mãos (7-0) por sorte, e imagine-se, teve a sorte do seu lado nos 4 golos marcados em Alvalade. Talvez a sorte de vender João Pereira...
Teve sorte nas contratações de Javi Garcia e Ramires.Teve sorte com Saviola e com AirtonDi Maria cresceu. Por sorte claro. E Coentrão faz Queiróz parecer ridículo.
O Benfica tem também a sorte de ter dois Maxis. Um joga a primeira a parte, o outro joga na segunda... É impossível que o mesmo jogador possa correr aquilo tudo.
Muito se tem falado de túneis. E este campeonato é sem duvida ocampeonato dos túneis. Perguntem a Tonel, Yobo, Rolando ou Diawara
O Benfica tem tido mesmo muita sorte. Enche estádios de Norte a Sul do País. Sorte. Marca muitos golos e tem a sorte, imagine-se, de sofrer muito poucos. Sorte essa que fez de David Luiz muito provavelmente o melhor defesa central da Europa. Sorte também com Luisão, e com o tamanho dos seus bolsos. Cabem lá metade dos avançados da Europa. E para quem por atrevimento quiser ficar de fora, as luvas de Quim têm quilómetros. Os mesmos quilómetros que os super dragões ontem fizeram para terem três novos motivos para odiar o Benfica. Um motivo aos 9 minutos, um aos 45 e outro aos 92´.
Tivémos também muita sorte com Jesus. Desde os primórdios da humanidade se percebeu que com o divino do nosso lado fica mais fácil.
Tivémos sorte com os adversários também. Everton, Marselha, Porto, Sporting, Guimarães, Hertha, Nacional, Marítimo, Paços de Ferreira....
Muita sorte.
Teve sorte com Carlos Martins, com Rúben Amorim, que já marca golos, com Nuno Gomes que é um líder e que ama o Benfica como um adepto.
E talvez seja essa a maior sorte. Os adeptos.
O Benfica só por sorte pode ter adeptos como os que ontem vi no Algarve. Alegres e aos milhares. Noventa minutos a gritar.

O Benfica goleou por sorte, lidera o campeonato por sorte, e só por sorte está nos quartos de final da Liga Europa. Tem a sorte de ter o melhor marcador do campeonato, o jogador com mais assistências, o melhor ataque e a melhor defesa.

Hoje está um dia bonito. E eu sinto-me com sorte. Sorte de ter nascido Benfiquista "lampião".

É proibido proibir…

… a liberdade de expressão?

"A legislação europeia e nacional no que concerne ao binómio liberdade de expressão/direitos de personalidade prescreve, por um lado, que qualquer pessoa tem direito à liberdade de expressão, compreendendo a liberdade de opinião e de receber ou de transmitir informações ou ideias sem ingerência de qualquer autoridade pública e, por outro, que o exercício dessas liberdades, por implicar deveres e responsabilidades, pode ser submetido a certas formalidades, condições, restrições ou sanções, previstas na lei, que constituam providências necessárias, numa sociedade democrática, para a segurança nacional, a integridade territorial ou a segurança pública, a defesa da ordem e da honra ou dos direitos de outrem, para impedir a divulgação de informações confidenciais ou para garantir a autoridade e a imparcialidade do poder judicial. A Convenção Europeia dos Direitos do Homem, a que a República Portuguesa está vinculada, estatui o limite ao direito de expressão e de informação pelo direito de personalidade, incluindo, naturalmente, a honra e a reputação. E, por outro, no que concerne ao direito de integridade pessoal, que a integridade moral das pessoas é inviolável e que a todos é reconhecido o direito ao bom-nome e reputação (Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, processo nº. 08B1478)."

Ou seja, sempre tens o direito de resposta ou o recurso aos tribunais para defesa do bom nome e da honra… mas, contra quem? Um anónimo que não consegues identificar? E o tipo que mantém o blogue e que permite a divulgação de comentários injuriosos de pessoas que não consegue, não sabe ou não quer identificar? Poderá ser co-autor ou cúmplice do tipificado nos artigos 180º e seguintes do Código Penal Português? Estas são algumas das questões que, mais cedo ou mais tarde, vão ser abordadas pelo legislador português no que diz respeito à blogosfera.
 
“Tudo que restringe é censura!”, deves estar tu com o dedo no ar a barafustar… Mas tudo em sociedade tem limites – o que não significa que não possas dizer o que queres dizer; significa apenas que tens de pensar no que vais dizer e como dizer…

Prognósticos...

... de futebol! O que estavam à espera?!

Pois bem meus caros, hoje quanto acordei tive uma visão: o BENFICA, esse glorioso clube do meu coração vai a Marselha ganhar 2-1! Podem apostar à confiança!
Não é o meu desejo, mas logo a seguir tive outra visão (foi mais dor de cabeça). Vi, infelizmente o Sporting, clube alternativo para alguns portugueses, vai empatar em casa, 1-1, com o Atlético de Madrid onde jogam os magníficos jogadores benfiquistas Simão Sabrosa e José Antonio Reyes.
Vamos lá cambada, todos à molhada!

O Brasil não é aqui... ainda...

Cena Carioca*

Quarta-feira à noite, na Avenida Rio Branco, quase esquina da Avenida Presidente Wilson, na altura da Cinelândia (centro do Rio de Janeiro). O homem está em sua moto quando se aproximam dois sujeitos e anunciam o assalto. Ele pede calma, salta da mototocicleta e oferece:
- Tá aqui relógio, carteira, celular - diz, enquanto vai entregando os objetos e dando um passo para trás.
Na mesma hora em que meu amigo começa a me contar a história, eu completo:
- Que otários esses bandidos. Ele fez isso porque era policial.
- Óbvio - respondeu meu amigo. - Se ele esperasse ser revistado, achariam a arma.
Não deu outra. Assim que os marginais coletaram o material, montaram na moto e deram a partida, foram atingidos por trás, caindo no chão. Um levou um tiro na cabeça. O outro, não sei. Pouco depois, chegou uma viatura da Polícia Federal, com colegas do policial. Recolheram os ladrões e partiram em velocidade, sabe-se lá para onde.

*descaradamente roubado e plagiado daqui.

Bullying por um leigo (corrigido)

Quando eu andava na escola, nada mais me irritava do que ouvir o meu pai dizer que no tempo dele a “4ª classe dele equivalia ao meu 7º ano!” Que no tempo dele aprendiam tudo como deve ser, na ponta da língua e que “não era como agora..."

Sou de ’75 e sou do tempo em que os professores chumbavam alunos na primária! Só passava de ano quem merecesse (ou levasse cabaz de natal…)…
Sou do tempo em que os professores eram figuras de autoridade (algumas autoritárias, é verdade) a quem os pais reconheciam competência pedagógica e, ao mesmo tempo, delegavam tacitamente o direito de correcção por mau comportamento do aluno. Confesso que, não estando no grupo dos "mal comportados", de vez em quando pisava o risco e, consequentemente tive a minha quota de puxões de orelhas, par de estalos e reguadas. Não valia a pena “fazer queixa” à minha mãe. Cedo percebi que o entendimento dela era “se ela te bateu, foi porque alguma coisa fizeste e assim sendo, mereceste!”.

Como diz o João, citando a Confap, “os paradigmas sociais e familiares mudaram e com eles novas formas de comportamentos e de atitudes surgem todos os dias”.
Os tempos de mãe que ficava em casa enquanto o pai estava embarcado vão longe. Agora os outrora filhos são pais ocupados. Ambos trabalham e “não têm tempo para o filho”. A escola tornou-se um ATL a tempo inteiro em que “descarregam” os filhos de manhã e vão buscá-los à noite. Chegada a noite, é hora da bola ou de passar a ferro e de deitar a criança. Cresce sozinho sem nenhum tipo de suporte educacional e emocional com os pais que o geraram...

Quando o menino ou menina criam problemas na escola, chamam-se os pais. Aqui entra em campo o subconsciente, a trabalhar como nunca. Como se estivessem a arranjar uma desculpa pela “falta de tempo” para acompanhar os filhos pois “trabalham muito” fácil e rapidamente arranjam os culpados ideais, ali, mesmo à mão de semear: os “burros dos professores” que “não sabem ensinar” e que é por causa disso que os seus filhos têm más notas e comportam-se mal porque "são discriminados em detrimento de os outros alunos"… e outras alarvidades destas. Se o professor ousar dizer que o puto apresenta problemas comportamentais motivados por (des)educação, pode haver lugar à agressão verbal e física dos professores. Nada de mais, é só a continuação do serviço iniciado pelo aluno. Este assiste os seus pais, tios e avós a “descascarem” nos professores. E fica contente por estar a ser defendido. E fica com mais uma lição para o futuro: imputabilidade…
Ao contrário do que fazia a minha mãe, os pais de hoje parecem partir do princípio de que o aluno é o melhor filho do mundo, educado, bem-comportado, muito inteligente e sub-estimado. Se levar pistolas, facas, bombas e outras coisas quaisquer para a escola, a culpa não é do aluno ou dos pais, mas sim dos vigilantes ou professores que deixaram passar as armas… Ou então, coitado, está apenas a "chamar à atenção" ou é "hiperactivo"... Chamadas de atenção e hiperactividade ou "tá-sessegade-ricarde-jorge" (o tal biche carapintêre) eram resolvidos, paulatina e tranquilamente com um par de estalos ou com aquela sandália de borracha grossa que o meu pai usava no navio... Não me fez mal nenhum.
Verificado algum destes incidentes na escola, seguem-se os trâmites com a suspensão do aluno e inquérito ao professor. Depois, como nada acontece, volta o aluno às aulas como se nada se tivesse passado sabendo agora (porque aprendeu!) que pode fazer o que quiser pois não será expulso e que, independentemente das notas que tiver, passará tranquilamente de ano até ao 12º ano em nome dos rankings e do “combate ao insucesso escolar”.

Há professores com baixas psiquiátricas. Ao que parece, suicidou-se um professor com génese dos maus tratos ministrados pelos alunos…
Não quero com isto dizer que no meu tempo éramos todos uns santinhos. Pelo contrário: fui vítima de bullying, "fiz" bullying. Faz parte do crescimento, presumo. O que me parece ser diferente hoje em dia, é o nível de violência muito mais elevado e com recurso a armas que nós nem sonhavamos usar.

Culpados? Não sei, não tenho formação para imputar responsabilidades. Mas julgo que os pais têm de ser mais pais e menos angariadores de recursos económicos para o sustento do lar.
Uma coisa é certa: as crianças são as menos culpadas nesta matéria. E se pensássemos nelas?

O que me custa é que, passados 20 anos, custa-me repetir as mesmas palavras do meu pai quando digo ao meu sobrinho que no meu tempo não era assim…

Para descomprimir...

... de tempos difíceis... passados e que se avizinham...

Sócrates vai a uma escola primária e no fim da palestra, coloca-se à disposição dos alunos para responder a algumas questões.
Sócrates: "Muito bem meninos! Quem quer fazer algumas perguntas?"
Inevitavelmente, Joãozinho, é o primeiro.
Joãozinho: "Tenho três perguntas! Primeiro, onde estão os 150 mil empregos que prometeu; segunda, quero saber se tem alguma participação no caso Face Oculta; terceira, se é verdade o que se fala no processo Freeport!"
Subitamente toca o "sino" para anunciar o intervalo e o Sócrates diz: "Ok meninos, vamos para o recreio que quando voltarmos responderei às perguntas!"
Regressados do intervalo, Sócrates, sem responder a nada do que Joãozinho perguntou, coloca nova questão: "Alguém quer perguntar mais alguma coisa?"
Inevitavelmente também, Manelinho põe a mão no ar e diz que tem cinco perguntas para o Sócrates.
"Muito bem!, responde Sócrates.
Manelinho: "Primeiro, onde estão os 150 mil empregos que prometeu; segunda, quero saber se tem alguma participação no caso Face Oculta; terceira, se é verdade o que se fala no processo Freeport; quarta, porque é que o sinal para o recreio TOCOU MEIA HORA ANTES; e quinta, ONDE ESTÁ O JOÃOZINHO?!"
By Manolo
Bom fim de semana.

Soltas domingueiras

Alberto João Jardim disse no Carnaval que estava mascarado de Vasco da Gama para partir “à descoberta de Portugal. Está perdido e eu estou à procura”. Depois da tragédia que assolou a "Pérola do Atlântico", espera-se que o senhor Presidente do Governo Regional da Região Autónoma da Madeira deixe-se de cubanismos e outros insultos e não morda a mão que lhe alimenta os túneis, os teleféricos e os subsídios para os clubes de futebol da Madeira e dê igual importância a quem vive fora do Funchal...

"Quem diz que não há liberdade de Imprensa em Portugal ou é mentalmente indigente ou está a ser o serventuário de uma estratégia política repugnante. Os nossos problemas são outros e muitíssimo mais graves. Não trago o retrato de José Sócrates na carteira..." A afirmação é de Baptista-Bastos. Sou leitor assíduo da revista Sábado. Espanto-me com a quantidade de fotografias que Pacheco Pereira tem do Sócrates. Todas as semanas há crónica sobre Sócrates. Por falta de assunto ou por manifesta vontade em deitar este Governo abaixo, a fixação de PP por Sócrates roça o absurdo.

Por outro lado, como sabem, Portugal admite “casamento” entre pessoas do mesmo sexo.

Custa-me dizê-lo, mas... obrigado Sporting.

Labradores puros...

... de um proprietário leiriense, de confiança, e a preço de amigo! Contactem-me por mail ou telemóvel que hoje à noite já saberei o preço dos cachorrinhos. Uma foto:


Assunto off-topic: Já repararam que, chegados à segunda-feira logo a seguir ao carnaval, ninguém quer saber de cd's que saltam ou da marcha concorrente que é melhor ou não que a vencedora, que os reis de carnaval deveriam ser beltrano e jorge e não fulano e sicrano, vocalistas que cantam bem e outros que já não deviam cantar, banda A melhor que a banda B, cégada que foi uma maravilha e outra que foi uma seca, "as vaidosas que íam no rancho" versus as "invejosas que não levantam o rabo da cadeira e só libertam a língua para falar mal das que dançam", dos grupos desavindos com as direcções das salas, com os bailes todos a acabarem mais cedo do que o normal (sim, crianças, o Planalto e a Pederneira também existem) contra (ainda não percebi esta mas enfim) o Mar-Alto. Enfim, é sempre a mesma coisa. Para o ano e para os seguintes, mais do mesmo: dor de cotovelo e inveja na Nazaré é quem mais ordena. Já dizia não sei quem, mas foi ele que disse, mais coisa menos coisa, "há dois tipos de pessoas, os que vão à frente a fazer alguma coisa, e outros que vão atrás a criticar..." São os maiores. A todos, obrigado por me fazerem rir.
P.S.:Para o ano irei fazer carnaval nas Berlengas. Acho que aquilo está a passar uma má fase (concorrência apertada dos Farilhões) e estão a precisar de músicos que gostam mesmo de tocar.
P.S.1: A música ao vivo hoje é nos Filipes Bar, no Terreiro, Leiria. Vai saber tão bem poder tocar Supertramp e afins depois de tanto marchedo!

Days III, IV e V

A segunda-feira é o meu dia preferido. A malta aparece toda, vem bem disposta e "motivada" para "colaborar" com a(s) banda(s). A noite, foi mais do mesmo: bom ambiente até determinada hora (desta feita, uma hora mais tarde).
Depois fui para o Mar-Alto que, claro, àquela hora reunia os foliões próprios do Mar-Alto, do Planalto, da Pederneira, do Casino... e dos bares...
Saí de lá directo para o after hours do Parlapié até às 11 da matina... sem caldo verde, pão e enchidos! Fui bem enrolado! Mas esteve-se bem.
Na terça-feira, ressaca...
Na quarta, mais uma vez realizou-se o (cada vez melhor) jantar dos músicos que fizeram o Carnaval. Quero frisar que convidei os músicos das salas e dos bares. Convidei os "Banda Larga" através do Júlio Estrelinha (mail), a "Banda Relante", através de Américo Barreira, os "Só Marchas", através do Nélson Brilhante e a banda do "Bla Bla" através do Fabinho. Por um motivo que nos é desconhecido, as referidas bandas não se fizeram representar no jantar.
Depois do jantar, entrei ao serviço no Baile de Cinzas no Casino para de seguida ouvirmos umas deixas cada vez mais insonsas, vazias e sem piada nenhuma... O Casino, que tantos gostam de falar, ainda assim era a única sala a trabalhar à quarta-feira...
Como estava no camarim, não me apercebi se disseram bem ou mal, mas disseram-me (sem que eu tivesse perguntado) que não disseram mal... E eu ralado. As duas bandas que estiveram a trabalhar no Casino foram de uma dedicação e profissionalismo exemplar. Fizémos um bom trabalho e é isso que nos interessa. Tudo o resto são politiquices de merda, que não tem outro nome, que ultrapassam em toda a linha as funções e atribuições dos grandes músicos que estiveram a tocar este ano (e no outro!) no Casino.
Acabei o Carnaval no Nbar com a banda do Paulo Norte com  Mário João como artista convidado... a tocar marchas! Fomos para lá para ouvir música, numa de fazer reset ao marchedo e acabamos "enredados" na marcharia... ironias...
Foi um bom Carnaval.

Day II

Como diz o meu amigo João Rocha, as as opiniões são como... bem, perguntem-lhe... e cada um dá a sua...
Assim sendo, o segundo dia do baile do Casino foi igual ao do Sábado mas com uma hora e meia a mais... Já se notou mais pessoal, mais cor e alegria. 
Amanhã publicarei fotos para exemplificar a minha opinião...
Já agora, se quiserem mandar-me fotos das vossas salas para o meu blogue, chutem que eu publico! Afinal, eu sou do Planalto, Casino, Mar-Alto e Pederneira... Sou um folião da Nazaré.

Carnaval - Day One

De uma forma completamente imparcial digo-vos que o Baile do Casino foi o melhor da noite de sábado... das 23h às 3h... Cheio de cachenés, saias de roda e de barretes enfiados, a sala estava cheia e com um bom ambiente. Melhor que o ano passado.
Depois, mais uma vez, berrou chegando às 4 da matina sem ninguém na sala de baile... Ai bandas infernais!

Marchas em Condições!

Se conseguiste ler tudo isto até ao fim, tenho de te dar os parabéns!
Dou-te os parabéns, mas com alguma preocupação com o teu estado mental: é que és um(a) fanático(a) marchense e querias ver se eu dizia mal das marchas da treta que infernizam-te a vida quando sintonizas a Rádio Nazaré ou quando ouves o CD de marchas que encomendaste para o Canadá, Burkina Faso ou mesmo até para o Tirol! Mas ainda não perdi o juízo todo!

Acabamos o nosso curso com a última lição, que são as Marchas em Condições!
E o que são Marchas em Condições? São TODAS ora essa! O Carnaval da Nazaré sem Marchas é como o Carnaval do Rio de Janeiro sem Samba!
O que a gente quer é festa, roupas novas e enganos em fat' de trêne! Faz parte do nosso código genético e, admitam ou não, estão o ano todo à espera do Carnaval... Porque como diz o maior letrista da Nazaré, "o que a gente quer é Marchas, isto é só marchas que a gente quer!" O que me chateia mesmo é a obrigação profissional de tocar marchas sádicas e estar a ver que as pessoas não estão a gostar de as dançar! Juro que pagava para não as tocar. E sou forreta!

Este desejo de marchas reflecte-se nas salas de baile e interessa a toda a gente?
Estive nos bailes de máscaras do Planalto, do Mar-Alto e, claro, do Casino.
Pelo que me foi dado a observar, o gosto e a exigência do público parece ter mudado ou está em vias de mudar…
Não há muitos anos, as séries musicais começavam com uma bossa ou um samba para depois acelerar o ritmo com um samba reaggae ou um axê seguido de um merengue ou dois até chegares ao clímax com as melhores marchas. Ouvia-se muita música brasileira, da “boa”, como Alcione, Elba Ramalho, Chico Buarque, Caetano, Bethânia, Jobim, Daniela Mercury… Só depois vieram os pimbas brasileiros como Netinho, Banda Eva, Cheiro de Amor, um maná para escolheremos repertório… Agora só temos a Cláudia Leite a mostrar as pernas, forró e música sertaneja…
Agora parece que só querem “dançar” marchas e… mais marchas. Fiquei com a ideia de que se tocarmos marchas uma noite inteira ninguém se rala! Eis uma ideia para as salas pouparem na banda: despedir o baterista e o baixista porque se é só para tocarem marchas, nenhum dos dois faz falta! É claro que nem toda a gente deseja isto pois querem dançar o “Roberto Carlos” ou o “Marco Paulo” da ordem… mas não te estiques pois começam logo a esbracejar para o palco a pedir… sim, marchas!

Por outro lado, já repararam nas novas espécies de “marchas” que estão a surgir? São cada vez mais as experiências com vários géneros musicais e estamos a fugir a uma velocidade vertiginosa do formato de marchas que já vem resistindo há muitos anos.
É natural que assim seja e que as influências musicais contemporâneas acabem por moldar as novas “marchas” de carnaval. Crescem a ouvir hip hop, house e drum n’bass como poderiam fazer marchas como “É Entrudo!”, “É de ceda!”, ou “Mil Carnavais”? É claro que tem de sair coisas como “Ui, ka ganda pêxe” e outros produtos similares. Goste-se ou não, é esta a nova realidade.

Para os músicos que tocam no carnaval da Nazaré resta-nos acompanhar a realidade e tocar… MARCHAS! Na dúvida, tocamos outra marcha, pois “se queres dançar à pinguim”, vai para a danceteria!

Um Bom Carnaval para todos, em especial, para os meus colegas músicos das salas, bares, discotecas e danceterias. Encontramo-nos no jantar de quarta-feira no local do costume, à hora do costume.

Excelente notícia!

Serviço especial de transporte de passageiros durante o Carnaval

"Os Serviços Municipalizados da Nazaré vão assegurar, durante o período de Carnaval, um serviço especial nocturno de transporte de passageiros.
Nas madrugadas de domingo a quarta-feira (14 a 17), os autocarros urbanos circularão entre a 1h e as 7h da manhã, de 30 em 30 minutos. A carreira tem início na Praça Dr. Manuel de Arriaga e passará pela Pederneira, Rio Novo, Nova Nazaré, Calhau, Sítio, com retorno ao centro da vila.
Ao proporcionar este serviço especial, pretendem os Serviços Municipalizados da Nazaré incentivar o uso do transporte colectivo, em detrimento do veículo privado, e, assim, proporcionar uma segurança acrescida aos foliões durante o período carnavalesco. "
Ao mesmo tempo descongestionam a porta da PSP em noite de operação STOP, acrescento eu!

Vou pó S. Brás, pó Nbar, pó Casine e pá Praça!

Hoje mesme, à tard, vo pó S. Brás cú mê gaje, o Francisc Tavêra. Aparece, mas na te metas cú megafone à nha frente porque eu ande tontinhe da cabéca...
Na sexta-feira, vô com os BeCarna para o Nbar. Mais um balhe ca nha presença, a do Nené, a do Jaka e a do Bigodes. Se n'apareceres, és xoné!
No sábade, Grandiose Balhe de Máscras do Casine Salão de Festas com "Ú Jazz d'Inguelhim" e vames tecar muitas marchas pa vócês! Aparece, nem que seja pa dezer mal da gente! Como a gente na ouve, na fá mal!
No demingue, se na tiverem bebide muite e a cabecla estiver boa, passem na praça das'planadas para m'óvirem ou verem ótra vez se ainda na tiverem fartes de mim. Sô eu e o Néne.
Inté jazz.

Kizomarcha & Marcha Arranchada

Hoje damos duas "aulas" de seguida porque o tempo e a disponibilidade, ou seja, a paciência, estão a esgotar-se. Só tenho de decorar 21 novas marchas para este sábado num total de umas 27, 28 novas marchas para o Carnaval 2010. Tenho os ouvidos em sangue. Quem disse que isto era fácil?!

A Kizomarcha surge como uma afirmação pessoal de rebeldia de Nuno Abelha, que está a tocar no carnaval de Peniche – que por lá fique muitos anos, concorrência oblige ;) - contra o sistema (mas ele é Benfiquista, não se assustem) preconizado e em vigor há pelo menos trinta anos pelo mestre P. J. Laborinho, numa primeira fase, e depois por querer inovar e puxar a marcha para fora das restritas amarras a que nos habituámos ouvir. Fazer umas 30 marchas por ano, às vezes de empreitada, também deve ter ajudado… Basicamente é uma fusão entre marcha e kizomba. Quando abusa, podemos considerar a kizomarcha como prima afastada da marcha sádica...
Num patamar diferente, mas não necessariamente melhor, temos a
Marcha-Rancho que é inspirada, aspirada e gritada cantada por 3 ou 4 estridentes vozes femininas. “Que poderosas gargantas!”, dizem os familiares e amigas das cantoras… “Que martírio!”, dizem todos os que, sem querer, ouvem a marcha. É daquele tipo de marcha que só se consegue ouvir se o estado de alcoolemia for elevadíssimo. Daí que eu já tenha visto pessoal a correr de imediato para o bar quando se apercebem que os componentes dos ranchos estão no hall de entrada da sala de baile.
A marcha arranchada é prima direita da marcha sádica.

IV - A Marcha-Plágio*

Porque a imaginação não se encontra à venda em lado nenhum (tal como o juízo) temos também a marcha-plágio.
Este ano em especial deu-se o  boom, da marcha plágio, denotanto não alguma fraca qualidade, mas um factor tipicamente nazareno... a imitação! Seguir a moda é apanágio da terra e parece-me que aqui é mais isso que propriamente falta de inspiração, tendo nós musicalmente varios bons executantes...
O conceito é simples: pega-se numa melodia de uma canção pimba, troca-se a letra por meia dúzia de lugares comuns e já está. Marco Paulo, Carlos Paião, José Malhoa, entre outros, já foram vítimas deste ataque impiedoso às suas obras musicais. Tony Formiga (és o maior!) ainda não foi plagiado o que para mim é uma tremenda injustiça.
Mas nem tudo é mau. Salvo raras exepções o milagre acontece e a versão plagiada fica melhor que a original perdurando no ouvido não deixando ninguém indiferente. Exemplo disso são "Os Talcanas"  que são precursores deste estilo de composição e que, desde 2006 com a famosa "Vida é Bela" tem conseguido esse feito de com uma letra divertida, bem encaixada na música e produzir um plágio digno de ser ouvido. Esperemos que não nos desiludam este ano...
O que foi o caso das Bastionas no ano passado com uma letra horrível, a par da de este ano já agora. Lembro o refrão do ano passado: "Quem é a gostosona aqui...". Por acaso, estava no café quando saíu a marcha e ouvi uma senhora da praia a comentar com outra quando ouviam na rádio a referida marcha: " á melheres, que marcha é esta?! Quem é que estaciona , aqui?! ... que horror...."
Na maior parte das vezes, os autores das marchas-plágio conseguem fazer aquilo que os verdadeiros autores nunca conseguiram fazer por moto próprio: é que depois de ouvirmos 3 ou 4 vezes as marchas-plágio ficamos a adorar as músicas originais… Ele há coisas…

* em co-autoria plagiada com Tacoa 2010

III - Marcha-Canção ou Fado-Marcha

Escolhidos os melhores letristas e os melhores vocalistas nazarenos (na opinião de quem os escolhe, claro está), lá se juntam todos numa fogueira festa e assam gravam um lombo CD duplo com marchas para mais tarde recordar. São marchas tipicamente "mestre P.J. Laborinho", com uma introdução, duas estrofes e um refrão, este repetido e cantado com força para dar mais ênfase, e já está, saiem 20 ou mais bitoques marchas para consumo ou para mostrar aos netos ou para ficar esquecido numa gaveta, o que vier primeiro...
Como não são marchas de grupos, de ranchos, de cégadas ou de qualquer outra brincadeira, raramente são conhecidas (a não ser pelo masoquista comprador que gasta dinheiro para comprar um CD duplo de marchas – eu prefiro gastar o dinheiro num bom jantar ou uma lancharada com os amigos, mas isso são gostos, claro está! A não ser que, como diz o meu amigo José Luís Faísca (bi-campeão do concurso da Marcha Geral) tenham os “gostos estragados”, conceito também idealizado pelo caríssimo amigo. Mas os cantores e autores das canções ficam todos contentes, orgulhosos e auto-parabenizam-se pela magnífica obra que realizaram. Por vezes, ficam chocados quando não são nomeados para os Guilhins de Cristal. E com razão, ora essa!

Bálhe de Máscras no Mar-Alte!

No entanto, se quiserem desenjoar um pouco das marchas, podem passar pelos "Filipes Bar", em Leiria, e passar uma noite conosco, os BeSax.
Mas no sábado lá terão de levar com o marchedo na mesma. É que vai haver festas e apresentações de marchas por todo o lado e o Bálhe de Máscras no Mar-Alte com a banda "Rábeçades do Dr. Balhar" que conta com João Miguel CarvoeiroHugo Piló nas vozes e com Paulo Silva na bateria, Picamilho nas teclas, João Manel no baixo, Abílio Caseiro na guitarra e a surpresa da noite, o Manel Jibóias no saxofone.
Mas antes de irem para o Mar-Alta, passem no "Parlapié"! É que vão lá estar os BeCarna, um upgrade dos BeSax! Eu, Nené, Jaka e o Nuno Bigodes estaremos lá para aquecer a malta para o baile! Eu também vou, se me arranjarem bilhete!
Apareçam!

Entrevista no Sky Naza

Só pela visita, vale a pena lá ir. Se quiserem dar-se ao trabalho de ver as minhas respostas, também podem fazê-lo. É aqui, no Sky Naza, de Paulo Copa.

II - A Marcha Tonta

Temos também a "Marcha Tonta", conceito idealizado e implementado em Portugal, mais propriamente na Nazaré, pelo Paleco mais Nazareno da Nazaré, Manolo.

Como um antropólogo e principalmente, enólogo de primeira categoria, o autor da marcha tonta vai recolhendo expressões e ditos dos vários colegas de música nazarenos ao longo do ano e vai juntando as notas soltas até se formarem num conjunto de quadras, fora do tradicional formato protagonizado pelo mestre P.J. Laborinho, e submete-a a sufrágio para Marcha Geral. Invariavelmente derrotado – por não obedecer aos parâmetros ou por se esquecer de incluir o mote, se calhar mal aconselhado por colegas candidatos a vencedor da marcha geral, não estou a dizer nada! – o autor da marcha tonta colhe os louros a posteriori. É que, ao contrário das marchas gerais vencedoras, as suas marchas tontas perduram, são recordadas e memorizadas pelos, utilizando a expressão do próprio, “jovens, que são o futuro do carnaval da Nazaré”.

Neste conceito cabem também as marchas dos “Sacanagem” (que apresentam uma marcha fabulosa este ano) e dos “La Resistance” que são sempre inovadoras e muito divertidas. E com jeitinho, a "marcha" do Manelito Caracol do ano passado como "resposta" à ex-Raínha de Carnaval!

Tacoa?!

Caros amigos e amigas recebi um mail a solicitar o uso do meu espaço bloguístico para dar “voz” a um ‘protesto’. Primeiro assustei-me com o nickname usado, “Tacoa 2010” mas, depois de identificado o autor da missiva resolvi publicar o texto na ânsia de obter respostas para as dúvidas existenciais que atormentam a nossa Tacoa!
" A marcha do descontentamento "
Tem sido uma pergunta recorrente, sempre que chega o Carnaval, de como será o processo de eleição da marcha geral.
Fiz uma pequena investigação e com certeza absoluta, ninguém me soube responder às seguintes questões: Quais são os critérios? Quem são as pessoas que o fazem? Quem as mandatou para o efeito? O que ganha o vencedor?
Apesar de ao longo dos anos termos tido marchas gerais inesquecíveis, também temos tido algumas que deixam um pouco a desejar... Na verdade a partir do momento em que alguém se lembrou de divulgar algumas das marchas "vencidas", deu-nos uma possibilidade que até então não tínhamos. Um termo de comparação! Este ano infelizmente é um desses casos. Depois de ouvir pelo menos duas das ditas vencidas, e conferenciado com amigos para alargar o espectro da pesquisa, foi unânime a "abada" que ambas davam à vencedora.
Respeito os autores da marcha vencedora, e até os que a elegeram (ouvi alguns nomes, mas sem a certeza não me atrevo a repeti-los), mas às vezes é tão fácil fugir às polémicas que me parece vontade de se imolarem!
Juntamente com a crítica que aqui expresso, quero também deixar o meu contributo: A troika de eruditos em marchedo que se junte e que pré-seleccione 3 ou 4 marchas, que posteriormente estejam a votação da população em geral, ou seja, dos foliões a que se destina através por exemplo da nossa NazareFm que tanto faz pelo nosso carnaval e por todos os que o vivem por muito longe que estejam. Sei que parece democrático demais, talvez isso não seja do agrado de todos, mas assim o risco de erro é bem menor. Se em todo o caso as marchas pré-seleccionadas forem as piores e o problema se repetir, então a solução para os senhores jurados chama-se: OTORRINOLARINGOLOGISTA!

Ass.:Tacoa 2010*

* Devidamente identificado, usa o anonimato simplesmente para poder manter a liberdade artística livre das amarras do reconhecimento público...

I - A Marcha Sádica

Uma vez que as marchas já andam por aí de pen em pen, resolvemos iniciar o nosso curso teórico de marchedo nazareno com o pior tipo de marcha, a Marcha Sádica. Tem sido o caso de algumas bandas infernais, de grupos carnavalescos "marginais", de pouca expressão.

Inventada pelo Marquês de Sade há mais de 200 anos, tem na Nazaré fervorosos discípulos que, adoptando uma nova modalidade de sadismo, honram e elevam o seu legado a um nível nunca dantes visto.
Estes novos compositores sádicos têm uma particularidade que os distingue do seu mentor. É que que estes novos apóstolos podiam simplesmente atar, vendar, dar palmadas, espancar, chicotear, beliscar, bater, queimar, administrar choques eléctricos, estuprar, cortar, esfaquear, estrangular, torturar, mutilar ou matar a vítima. Mas não, fazem marchas de carnaval! Marchas que entranham-se na pele e torturam os mais recônditos cantos da nossa mente, que provocam insónias, vómitos e mau estar. Por vezes até causa mau hálito quando as cantamos. Facilmente identificáveis, são aquelas que são tipo peixe-espada… chatas e compridas… e que nunca mais nos lembramos ou lembramo-nos pelos piores motivos…
Por vezes, até têm direito a serem gravadas para um CD para que todos, repito, todos mesmo, possam comprovar até que ponto vai a malvadez destes novos algozes…

Hoje no Nbar e amanhã no Casino

A agenda musical deste fim de semana é variada e diversificada! Ou seja, se ficares em casa és xoné desbeiçade!
Hoje no Nbar, teremos os BeSax com o seu repertório fundado nos anos '80.
Amanhã, no Barra Bar, termos Ricardo Oliveira e Jimbras (sim, esse mesmo, o Jibóias ou o Taveira do Juncal) com mais dois convidados.
Também amanhã e no Nbar, os Popitude, sem sequer suspeitarem, têm a seu cargo a tarefa de aquecer o pessoal para o baile a caminho do carnaval no Casino que será abrilhantado pelo agrupamento musical ...
... "Ú Jazz d'Inguelhim", liderado (ou não!) por Francisco Taveira (aka Fernando Tordo), Valter Loureiro (aka Tom Jones), Alex do Pilado, Amado de Redondo Hill, Manolo-dos-Pousos-mas-eské-de-Leiria e Ricardo do Sítio.
Na Pederneira, Vítor Fragoso e André Carvoeiro também vão lá estar na respectiva sala para dar música aos pederneirenses!
Provavelmente haverá mais alguma coisa por aí por isso saiam de casa e safem-se!

P.S.: 'Tou kús olhes e kús óvides em arda com a pub ao bálhe do Casine!

É ali, no sopé! Uff!


Finalmente descobri a Marina do Tirol! É já ali, no sopé da montanha n.º3 do lado esquerdo!

Entra em cena o Maior Paleco da Praia no carnaval!

Inevitavel e fatalmente, teria de chegar a vez do Maior Paleco da Praia assumir o título e escrever um post para nós. Senhoras e senhores, Ângelo Cardoso, ou para os amigos, Manolo.
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"Eu néra pa ecrevêr nada e muite menes pa me adefender, se é k é de defesa o que se vai dezêr a seguir, mas pós pouques que inda teem duvidas, vou d’xar aqui uma axegazinha....
Como deve parecer óbvio conheço muitos mais palecos que nazarenos (também era melhor), e dos que sazonalmente no carnaval aparecem, principalmente para tocar, conheço-os todos ou quase. Este meu “titâlo” de “Maior Paleco da Praia” que eu muito prezo acreditem, ao ponto de há muito considerar a Nazaré a minha segunda terra (até parece que sempre vivi lá), só pode ser contestado pelo maior paleco da praia... de Monte Redondo, o meu amigo Rui Amado, que entrou no carnaval no mesmo dia que eu, que como eu e da mesma maneira é um defensor assanhado do carnaval da Nazaré! As três pequenas diferenças entre mim e ele são:
1- Eu já fiz o carnaval do Planalto e ele não;
2- Eu todos os anos faço a minha letra e a minha marxa e ele faz algumas dos outros (e boas a maior parte delas), mas não faz a dele...
3- Eu tive a sorte de ter feito uma marxa de exito generalizado e isso deu-me mais visibilidade.
No entanto ele já participou na composição de marxas vencedoras do concurso da marxa geral e eu ainda não.... Só isso faz de nós os maiores palecos? Claro que não! Embora não consiga sequer vislumbrar um só músico paleco que se envolva como nós... nem lá perto.
O que faz de nós os maiores palecos e até maiores nazarenos que os nazarenos que tocam connosco o ano inteiro, é que em todo o lado do país onde estivermos e seja ou não carnaval nós mostramos e falamos e tocamos o carnaval da nazaré para mostrá-lo às pessoas. E estamos sempre prontos nas situações mais improváveis para tocar e cantar a nazaré e a sua musicalidade! Todos os músicos que tocam connosco o podem facilmente comprovar mesmo sabendo que são eles que se encolhem sempre que a gente avança com marchas. E deixo-vos aqui uma situação logicamente verdadeira da dimensão da coisa: um dia fui eu e o Amado tocar a Almada ao bar do teatro municipal e alguém do pouco presente publico falou da Nazaré por qualquer motivo, e isso bastou para que tocássemos várias marxas “clássicas” para mostrar o quão rico é o Carnaval da Nazaré! Muitos nazarenos ter-se-iam encolhido...nós não! Nunca! E porquê? Porque gostamos muito do carnaval e já o tentámos, aliás todos os anos tentamos mostrá-lo a outros palecos que curiosos vêm ver mas não voltam, porque não percebem, não entendem...

Mas estes dois palecos entendem, percebem e fundamentalmente gostam...e divertem-se tanto como os nazarenos não tenham duvidas... por isso se não for meu o “titâlo” é-o do Rui de certeza!

Viva o carnaval da Nazaré!

Manolo"

A marcha nazarena também é...

... adorada lá fora!
Ontem estive a tocar no bar "I Love Beer", em Fátima. A pedido, tocámos marchas da praia...

No sábado estive a tocar no "Xê Bar", no Juncal. Não só pediram marchas da praia como pediram algumas em especial e juntamente com o Taveira do Juncal*, cantaram e bailaram noite dentro. E sabiam as letras de cor...
Mais tarde fui para o baile de máscaras do Planalto que, às 4.30h, hora que cheguei, apresentava um ambiente muito agradável.
*O Taveira do Juncal é um rapazito do Sítio que faz coros nas marchas para P.J. Laborinho. É o Manuel Coelho, mais conhecido por "Jibóias" em que o "ji" é opção...

Reis de Carnaval

Polcínia Ova e António Lopes serão os Reis de Carnaval "2010, Só O Caguêra É Que Partiu Os Pés!"
Boa sorte e bom reinado.

BeSax on Tour


Hoje, mais uma actuação dos BeSax, desta feita na discoteca Kayenne, em Ourém.

"O Maior Paleco da Praia", por Rui Amado

Já tínhamos falado aqui de "nazarenalidade". Aqui, o Rui deu continuidade. Depois, foi a vez do Luís.
Volta Rui Amado a escrever mais um post sobre a Nazaré, Carnaval e sobre o paleco mais nazareno da Nazaré.

"O Maior Paleco da Praia
Já me tinha referido anteriormente ao tema do Carnaval e das Marchas. Volto agora para vos falar de um amigo comum. O Maior Paleco da Praia, ou melhor, do autor, actor e mentor do personagem, de seu nome Ângelo Cardoso, Manolo para os amigos, baixista e compositor de algumas marchas de sucesso como "Esta Marcha é Tonta" ou principalmente o "Tavas Lá".
Identificada a pessoa, passo a identificar a razão porque decidi escrever sobre ele: creio que nem todos na Nazaré o conhecerão suficientemente bem para perceber a razão porque ele insiste em nos presentear ano após ano com as suas marchas inconfundíveis de linguajar apalecado. Eu acho que percebo, e mesmo sem lhe pedir licença aí vai a minha opinião.
Porque será?
Vontade de dar nas vistas? Não. Senão durante o resto do ano aproveitaria outras ocasiões sociais ou até políticas para aparecer.
Ilusão de que vai receber encomendas de diversos grupos para fazer marchas e ganhar dinheiro? Ele não tem tempo para isso.
Ambição de fazer uma marcha que seja um sucesso e fique conhecida por todos? Apesar de não ter essa ambição, deixem-me lembrar-vos que já o conseguiu com o referido "Tavas Lá".
Pois o que move o nosso amigo, é o que vos move a todos e a mim também. A vontade de brincar ao Carnaval.
Então mas porque é que ele usa termos próprios da gente da praia? Porque é costume na maioria das marchas da praia usar esses termos!
E será que ele ainda não percebeu que o sotaque dele é quase irreal e bem diferente dos que aí nasceram? Já pois, mas lembrem-se que ele é o Maior Paleco da Praia... Ora um paleco há-de falar de modo apalecado... faz parte! Mas principalmente e folclores aparte, é a aceitação de um dos mandamento mais importantes do Carnaval: ri-te de ti próprio e os outros se rirão contigo!
Por último todo o trabalho de composição e gravação é pessoal e cultivado durante diversas semanas, com prejuízo de tempos livres, tal como o trabalho de quem pensa em qualquer das outras marchas dos grupos ou bandas infernais.
É o contributo dele para o Carnaval de todos, e assume a forma adequada à sua arte, ao tempo de que dispõe, à distancia a que vive, e principalmente ao que o diverte.
Por fim, deixem-me cá por um breve dedo na ferida: será que ele tem direito a brincar ao Carnaval, como de um natural se tratasse? Em minha opinião ele já pagou esse direito, com suor e dedicação.
E já agora numa visão mais poética, já repararam que o Entrudo, essa entidade que a cada ano renasce, ergue-se das cinzas do ano anterior e ganha vida, luz e movimento, fá-lo à custa de um alimento... o suor e a dedicação de todos os leais súbditos! Ámen!!!!

Ass: Rui Amado, paleco."

Nazaré Wallpapers, por Vítor Estrelinha


Trata-se de um blog onde o fotógrafo Vítor Estrelinha coloca à disposição do pessoal fotos da Nazaré para usarem, se quiserem, como wallpaper. Belíssimas fotos. AQUI.

Curso Teórico de Marchedo Nazareno

Como também é da praxe, ao longo das próximas semanas iremos ser bombardeados com marchas de carnaval. Inevitavelmente, umas boas, outras más e outras que enfim, se nunca tivessem “nascido”, era o melhor que faziam...
Os grandes responsáveis pela produção marchense têm sido o Mestre P.J. Laborinho e Nuno Abelha. Entretanto, outros engrossaram as fileiras da composição da marcha. Nomes como Francisco Taveira, Américo Barreira e até palecos como Rui Amado e Manolo para além de outros novos talentos também têm contribuído activamente para elevar a marcha a um nível nunca dantes visto! Se o nível é bom ou mau, não interessa ao caso porque é tudo uma questão de gosto. Às vezes é de muito mau gosto, como diz o meu amigo Vadinho, pode causar “ ‘vergonha alheia’, que não é mais que ver os outros a fazerem figuras idiotas e tu é que ficas com vergonha… sem teres nada a ver com isso…”
Feito um levantamento antropológico e etnográfico extremamente rigoroso cheguei a uma categorização de marchas nazarenas, a saber:
- A Marcha Sádica;
- A Marcha Tonta;
- A Kizomarcha;
- Marcha-Canção ou Fado-Marcha;
- Marcha-Plágio;
- Marcha-Rancho;
- Marchas em Condições.

Ao longo da próxima semana, altura em que começarão a sair das fábricas da marcha o belo marchedo nazareno, irei colocar posts explicativos destas espécies musicais que atormentam alegram o nosso Carnaval!

Outra coisa! Não me perguntem se eu gosto ou não das vossas marchas. É que tenho a mania de dizer a verdade e depois ficam chateados comigo!

Na quarta-feira, teremos um post assinado pelo nosso amigo Rui Amado.

Sábade há balhe de Máscras no Planalte!

Como manda a tradição, se não variarem!, é a Associação Recreativa Planalto que tem a honra de abrir a época carnavalesca.
É já no próximo sábado, dia 16, que irá realizar-se o Baile de Máscaras com os Marxasetude (Popitude upagraded) que, no entanto, sofreram alterações na composição da banda pelo que perderam o galardão de banda mais nazarena da Nazaré.
Liderados pelo sempre divertido, carismático e empático (por vezes asmático!) Nuno Estrelinha, que para além de carregador de material (roadie) também é vocalista, a banda conta com Júlio Estrelinha nos teclados, arranjos e programações (assim é mais fino!) e Paulo Remígio na guitarra.
O upagrade deste ano traz-nos os palecos Louie Russo para as percussões e o regresso de Paulo Nunes para o Saxofone.